Na rede municipal, são 185 escolas espalhadas pela capital que receberão os materiais, totalizando em média 140 mil alunos beneficiados. Os professores terão as devidas orientações e devem aplicar a dinâmica em sala. O principal objetivo é ensinar às crianças sobre os seus direitos previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a fim de que exponham situações, caso tenham passado por algo.
Segundo a gerente da rede de proteção Joelise Zappelli, os materiais já estão sendo apresentados ao corpo docente das escolas. “A gente mostra para eles irem conhecendo e pensando também em como trabalhar nas escolas. É um material que eles vão utilizar por bastante tempo”, afirma.
A coordenadora da CEFAR Sandra Piotti, afirma que a Secretaria tem um grupo da rede de proteção às crianças. “Junto às unidades, nós temos dentro de cada uma, pessoas também responsáveis por estarem atentas à questão da proteção das nossas crianças e todo o material de qualidade sempre é muito bem-vindo”.
A Prefeitura Municipal de Curitiba, por meio da Secretaria Municipal de Educação, tem na sua estrutura a Coordenadoria de Cuidar de Famílias e Redes de Proteção. “Essa Coordenadoria é composta por um grupo de profissionais da própria rede que trabalham no pensar, planejar, propor e estar ao lado das escolas nessas questões, tanto de educação em direitos humanos, onde nós vamos trazer os princípios da educação, direitos humanos, dentro das diretrizes, quanto em outras pautas que vão surgindo no dia a dia da nossa comunidade ou até mesmo da comunidade internacional”, explica Sandra.
Sobre o número de crianças a serem impactadas, a coordenadora afirma que é inestimável. “Eu não consigo dizer com precisão a quantos [alunos] vai chegar, mas eu posso te dizer que a hora que chega para um, vai também para o irmãozinho mais novo que, ainda que não saiba ler ainda, por exemplo, automaticamente chega no discurso do irmão mais velho”. Ou seja, ao terem a dinâmica diferenciada em sala, as crianças aprendem e repassam a informação, ainda que de maneira informal com aqueles que convivem.
Segundo Sandra, a importância de orientar as crianças sobre os seus direitos é que elas percebam quando pedir ajuda. “Então quando a criança trabalha nessa forma por meio de um material lúdico, ela começa a pensar sobre essas questões e ela começa a entender que, certas coisas não estão corretas e que pode pedir ajuda nesses casos”, defende a coordenadora
Quanto a parceria com os Amigos do HC, Sandra declara: “a Secretaria Municipal da Educação sente-se honrada em fazer essa parceria com vocês para que a gente possa agregar ainda mais lá nas nossas unidades, tanto em escolas quanto em SMEs”.
O material da campanha “No Passo da Proteção” é gratuito e está disponível para download no site. Ele pode ser aplicado pelos pais ou responsáveis para brincar com os filhos. O kit contém um tabuleiro, uma cartilha informativa, regras do jogo e as peças necessárias para brincar.