No dia 1º de março é comemorado o Dia Mundial da Discriminação Zero, que traz uma mensagem sobre igualdade e respeito na sociedade.
A discriminação acontece muito em escolas e ambientes com a presença de adolescentes e crianças. Ela acontece quando um indivíduo quer parecer melhor que o outro a partir de apelidos, xingamentos e atitudes.
O maior motivo para a existência desses atos em escolas é o preconceito, principalmente, o racismo. Outro motivo, é a educação adquirida no lar junto da família e outras experiências de vida.
A psicóloga e pedagoga, Talita Ferreira, diz que o cuidado para o combate à discriminação deve se iniciar dentro de casa. “Temos que considerar que eles (crianças e adolescentes) aprendem a partir do exemplo, dos contextos nos quais convivem, a ter atitudes discriminatórias ou atitudes respeitosas. Vai depender dos impactos desses contextos sociais em sua personalidade”, comenta a profissional.
Ela também explica sobre as posturas discriminatórias que não são superadas na infância, tendem a se fortalecerem na adolescência. “É uma fase de formação de personalidade muito importante, na qual essas posturas assumem formas mais agressivas e podem comprometer aspectos da vida social de crianças e adolescentes”.
Segundo Talita, a discriminação interfere no desenvolvimento da criança e do adolescente como indivíduos da sociedade. Para ela, a convivência em ambientes com pessoas que assumem esses comportamentos preconceituosos, interfere na formação da personalidade. “Isso influencia na formação de autoconceito e nas percepções pessoais que crianças e adolescentes constroem a respeito de si mesmos”.
Dia Mundial da Discriminação Zero
A especialista diz que a data comemorativa é uma possibilidade para que haja o combate à discriminação. “É uma possibilidade de ampliar as reflexões nos ambientes em que crianças e adolescentes convivem para o respeito à sua individualidade”, explica.
Para a psicóloga, debater sobre a data e o assunto nessa fase da vida é importante por serem momentos de vida muito relevantes para o desenvolvimento. “Aprendendo a respeitar as individualidades de cada um, ainda na infância, possibilita que essa criança se posicione ao ver alguém ter uma atitude discriminatória. E nesse sentido, oportuniza que adolescentes estejam cada vez mais engajados com a proposta”, enfatiza.
A profissional recomenda o ato de acolhimento quando uma pessoa passar por um momento discriminatório em sua vida na fase da infância e adolescência. “O que mais importa nesses momentos é como essa criança ou adolescente se sente, e após sofrer um episódio de discriminação se faz importante que seja acolhida, ouvida e validada”, diz.
O Dia Mundial da Discriminação Zero não fala apenas da criança e do adolescente, mas se estende para a sociedade de maneira geral. Procurando fortalecer e apoiar a população para combater esse mal.