O que significa o estímulo para o desenvolvimento de uma criança e de um adolescente? Todos sabem que uma criança nasce sem as capacidades do mundo adulto, se quer controlar seus movimentos, ela consegue. Por isso se movimenta em bloco. Quando chora, chora com o corpo inteiro. Inclusive, quando chora é muito comum que o pulmão vá mais para baixo com o esforço do choro, comprimindo o intestino. Ela acaba soltando alguns gases, às vezes chega até a evacuar quando ela é muito pequenininha. Muita gente associa isso à cólica, mas na verdade, o choro é um meio de comunicação.
E que bom, se nós pudermos estimular esta criança, desde muito pequena a aprender, em início, do controle do seu corpo. Por isso brincamos com a criança, falamos a uma distância de um palmo e meio, segurando a cabecinha logo no começo dos seus dias de vida. Porque, para que ela tente fazer foco e nos enxergar, mesmo que nos enxergue até o terceiro, quarto mês como um vulto que vai tomando seus contornos.
Ela já consegue reconhecer nossa voz, a voz da mãe, desde que nasce. Isso é impressionante, não? E a do pai, na dependência da dedicação desse pai. E como é importante que o tenha por perto, esse homem é que tem a metade dos genes daquela criança, por isso, é a metade da responsabilidade do cuidar e proteger. E o estímulo de uma música suave, de uma canção de ninar e de que quando o bebê cresça, possamos começar a mostrar isso a um bebê de seis, oito e dez meses, livrinhos com figuras, dizer os sons dos animais para que ela queira nos imitar.
A criança aprende a falar para nos imitar e por isso devemos falar de forma correta. Ela vai tentar adaptar a sua possibilidade e ela vai falar “mamá” para mamãe no início, “pápá” para o papai, até ela conseguir. Primeiro “ma”, depois “mamá”, depois “mamãe”. E se a gente imita uma criança, ela não tem parâmetro do certo. Se eu disser, “Venha com a mamá” para ela, “mamá” é o certo. Então, temos que falar de forma adequada, que seja a meta dela aprender.
E que a gente espere que ela possa ser muito importante, que a gente escute, que ela tente falar até quando ela apontar algum objeto que ela quer, a gente possa dizer, “Não estou entendendo. O que você quer?”. E aí eu posso dizer “A bola”. “Então fala para mim: a bola”. E é assim que a criança vai falar e com um ano de idade, ela tem que falar dissílabos “mamá”, “papá”, “dadá”; ou monossílabos para que ela comece a juntar isso com sons mais complexos das outras vogais e consoantes, e que aos dois anos, ela seja capaz de formar frases.
Lembrem, o desenvolvimento de uma criança depende do quanto cuidamos dela e do quanto dizemos para ela que ela precisa evoluir.
Este conteúdo faz parte do podcast Pequenas Conversas, veiculado pela Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná (AERP). O áudio é da nossa coordenadora, a médica pediatra e psicanalista Dra. Luci Pfeiffer.