Papais, professores, família e pessoas interessadas, hoje vamos falar sobre os primeiros valores, que damos para a criança desde que ela nasce. Na verdade, esses valores já começam na gravidez. Como falamos do nosso filho, que cresce dentro de nós? Como o pai fala? Como a família fala? E a partir daí, como vamos recebê-lo logo após ao nascimento? Menino ou menina, que nasceu no tempo ou antes do tempo; que valor vamos dar para esse filho? O melhor que fazemos em nossa vida e, o único ato real de um novo.  

Os genes, os cromossomos e material genético desse bebê, vão vir de mãe e pai. Por isso, tanto direitos como responsabilidades iguais e até que, pai e mãe possam aproveitar do prazer de cuidar, do prazer de ver o seu filho, a obra prima que podemos ter da natureza, e que podemos fazer, não? É esse filho que vai crescer, e que não nasce pronto. Ele vai crescer de acordo com o que dizemos dele, de acordo com o que pedimos que ele seja.  

Nenhuma criança nasce teimosa, agressiva ou chorona. Ele nasce aprendendo. Por isso vocês vêm até filhos adultos tão parecidos com seus pais, com as mesmas manias, tanto que é comum dizer: “Ah, é que nem o pai”; “É que nem a mãe”. Não vem do nada. Vem do que dizemos para eles, do que fazemos e dos nossos exemplos.  

De nada adianta eu dizer para uma criança “não grite”, se eu grito com ela. De nada adianta dizer para uma criança: “Não brigue e não bata nos seus irmãos”; “Não bata nos outros”, se eu bato nela. Então eu estou informando para essa criança como se vive nesse mundo.  

É como se eu abrisse uma janela e mostrasse para ela: “Olha, nesse mundo você é precioso”; “Você tem valor”; “Você é importante para mim”. Não tem como ser importante para o mundo, se a gente não é importante para pai e mãe. Então quando eu abro essa janela e mostro como é o mundo e nós ensinamos tudo, as cores, o modo de agir, o modo de pensar também. A janela é minha. São os meus valores. Por isso, é muito importante que a gente faça um filtro. Do que foi bom e do que não foi bom, que recebemos dos nossos pais.  

A ideia de que a pai e mãe sempre fazendo o ideal, não é perfeita, porque nós não somos perfeitos e nós podemos errar. Então, que bom. Se já no planejamento dos filhos fazemos esse filtro, o que queremos repetir e o que não vamos repetir dentro da cultura de cada um, do pai e da mãe, em que valor nós vamos dar para esse bebê. A autoestima nasce daí, daquilo que eu digo para ele. Eu digo: “esse bebê é forte”; “esse bebê é lindo”; “; nossa, ele é maravilhoso”, ou se eu digo: “ele é insuportável”; “Ele me incomoda”; “Ele não para de chorar”. Se ele não parar de chorar, temos que pensar, ou se ele chora muito, temos que pensar a nossa parte de o que que está faltando em nós? E pedimos ajuda a orientação do melhor desenvolvimento de uma criança sempre muito valiosa.  

E eu aguardo vocês na próxima coluna, onde vamos falar, continuar falando das crianças e dos adolescentes. 

Este conteúdo faz parte do podcast Pequenas Conversas, veiculado pela Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná (AERP). O áudio é da nossa coordenadora, Dra. Luci Pfeiffer.   

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