Eu convido vocês, para conversarmos de novo sobre o uso de telas, mas o uso que vocês adultos fazem e trazem como exemplo à criança e ao adolescente. Muitas vezes deixando de lado o desejo dessa criança em ter atenção, deixando de lado a criança que chama para contar alguma coisa, e a gente diz: “Só um pouco”, “Só tem que ver essa mensagem”, ou “Só um pouco. Eu preciso mandar esse recado”. 

E a criança está ali, tanto se sentindo em segundo plano, como também aprendendo a importância desse aparelho, que vocês têm na mão.  

A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda, que nunca uma criança de até dois, três anos de idade, tenha acesso ao celular, a não ser para ver parênteses distantes; a não ser para fazer uma relação social supervisionada.  

Acima dos dois, três anos, uma hora por dia, sempre supervisionado. E acima dos 7 até a idade adulta, o ideal seria que não gastássemos mais que duas horas das nossas vidas falando; ou vendo coisas de pessoas desconhecidas; ou a última brincadeira, a última piada, que nada nos traz nada de bom para a vida.  

Então, vamos pensar o quanto estamos deixando o mundo passar a nossa volta. Eu agradeço a atenção de vocês, sou Luci Pfeiffer, pediatra, psicanalista e convido todos para a próxima coluna Pequenas Conversas. 

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