Assistir a uma novela, série, filme e até uma peça teatral já é uma experiência interessante e você pode gostar de apenas ver, mas muitas vezes, não imagina o bem que pode fazer na vida dos atores e daqueles que estão e cena.
O teatro pode ir muito além de ensaios, apresentações e interações, principalmente, quando essa arte é apresentada na fase da adolescência e da infância. A prática pode apresentar grandes benefícios à formação das crianças e adolescentes.
George Sada é formado em psicologia pela UFPR (Universidade Federal do Paraná) e fundador do “Cena Hum”, escola teatral em Curitiba. Para ele, o contato com as artes cênicas tem o potencial de contribuir para aspectos físicos e psicológicos
“O contato com o teatro é fundamental para o desenvolvimento. Ele proporciona uma melhora na comunicação verbal com os outros e na comunicação com si próprio, auxiliando no processo de autoconhecimento”, afirma.
Segundo George, em especial na fase da adolescência é necessário um contato coletivo, ampliando a interação social e permitindo que passem a se expressar melhor e construir uma identidade pessoal.
“Tenho alunos que vêm para as aulas para se sentirem seguros em relação aos seus posicionamentos. Os pais já vieram falar comigo sobre como esse contato com outros indivíduos ajudou aos seus filhos se desprenderem do celular e da solidão do quarto de casa”, relata George.
Ter o teatro como uma prática desde a infância deixa o desenvolvimento físico e psicológico mais evidente para si próprio, daqueles que praticam. Além de trazer também diferenças na formação de caráter e personalidade.
“Tive alunos que eram tímidos e nem sabíamos direito o som da sua voz nas aulas. Mas quando os pais o viam na peça de teatro após algum tempo, esses alunos deram mais espaço para a coragem e mudança na timidez” completa o professor de teatro.
As artes cênicas tendem a proporcionar o contato com outras culturas, opiniões, posicionamentos e expressões, isso beneficia e ajuda as crianças e os adolescentes a se encontrarem dentro da sociedade, se vendo como cidadãos de onde vivem.