Convido vocês hoje para pensarmos em como vocês descrevem os seus filhos, os seus alunos, os seus netos e as crianças que estão perto de vocês, e falarmos dos rótulos desde que nascem.
Muitos adjetivos damos para essas crianças, não? “Ele é quietinho”; “ele é bonzinho”; ou, “ele é irritado”; “ele é impaciente”; “ele chora”. Assim a criança vai escutar e com o tempo os nossos rótulos vão servir como uma encomenda, porque a criança vai fazer de tudo para que seus pais se apaixonem por ela.
Até no movimento instintivo de preservação de vida, ela sabe que sem o seu cuidador, ela não sobrevive, então ela vai se submetendo ao que ela entende que seus pais, seus cuidadores querem dela.
Por isso vamos cuidar com os adjetivos. Às vezes pode te parecer legal: “Ah, ele não para”; “ai ela é irrequieta”; ou “ela é teimosa”. São crianças; crianças aprendendo a viver. E quem sabe os bons adjetivos possam ser dados a elas. Para que seja esse o modelo que elas queiram seguir.
Sou Luci Pfeiffer, médica pediatra, psicanalista e agradeço a atenção de vocês, esperando que vocês nos acompanhem na próxima coluna Pequenas Conversas.