As memórias afetivas construídas durante a nossa infância, por vezes nos fazem lembrar de momentos que marcaram as nossas vidas. Uma viagem, comida, música e até mesmo um lugar, podem despertar as boas lembranças.
Quando falamos de memórias, estamos falando de momentos marcantes que ficam como lembranças que gostamos de relembrar. O psicólogo João Victor da Silva, explica um pouco sobre como funciona o processo de criação de memórias. “Nosso cérebro traça relações entre o mundo interno e externo, quando temos emoções fortes atreladas a momentos, temos a tendência a recordá-los com mais facilidade”.
Esse tipo de memória, é construída durante a infância. O profissional alega que costumes marcantes nesta fase da vida, constroem as memórias lembradas na fase final da adolescência. “Vivenciar repetidas vezes esta experiência, pode nos permitir associar algo deste momento a lembranças dos sentimentos sentidos no momento”, diz João.
A criação de memórias afetivas na infância é uma ótima inspiração para os pais investirem com os seus filhos. Elas podem trazer alegria e felicidade para as crianças, aumentando assim, o vínculo de convivência e intimidade com seus pais ou responsáveis, podendo até mesmo influenciar uma parte da saúde das crianças.
A saúde mental também pode ser influenciada por conta dessas memórias, tanto para bem, quanto para mal. Segundo o psicólogo, a saúde mental é influenciada quando há relação entre sentimentos e emoções que temos. “As memórias afetivas podem influenciar nossa saúde mental, mas como elas farão isto dependerá de quais emoções e sentimentos estão atrelados a elas”, explica. “Recordar-se com frequência de coisas boas, pode gerar um impacto na autoestima”, completa.
As memórias afetivas são construídas na infância, para serem lembradas quando estamos jovens e adultos. É um fenômeno que acontece por conta do envelhecimento. Uma memória afetiva é perceptível na vida a partir da fase da adolescência. Nas palavras do psicólogo, “memórias afetivas são como sementes que são plantadas na infância, e que podem ser colhidas na vida adulta”.
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