As voltas às aulas é um período de muitas novidades, tanto para os pais, quanto para os alunos. Essas mudanças de um novo ano letivo podem vir acompanhadas de alegria, mas também de ansiedade. Segundo pesquisa feita pelo Conselho Nacional da Juventude, 6 a cada 10 jovens sofrem de ansiedade e é preciso que responsáveis e corpo docente estejam preparados para lidar com essa situação. 

De acordo com o Ministério da Saúde, a ansiedade se manifesta de diferentes formas e tem diversas maneiras de ser relacionada. Os transtornos da ansiedade têm sintomas muito mais intensos do que aquela ansiedade normal do dia a dia. Eles aparecem como preocupações, tensões ou medos exagerados, sensação contínua de que um desastre ou algo muito ruim vai acontecer, como preocupações exageradas. O transtorno mental se torna um problema quando a vida cotidiana é impactada negativamente e é quando a ajuda médica se faz necessária. 

De acordo com a técnico-pedagógica na Coordenação de Diversidade e Direitos Humanos- DEIN/ Departamento de Educação Inclusiva, Rosineide Fréz, a temática de saúde mental vem sendo trabalhada nas formações dos profissionais da educação. “Temos enquanto documento orientador, um Guia de Orientações (https://professor.escoladigital.pr.gov.br/sites/professores/arquivos_restritos/files/documento/2022-10/guia_orientacao_protocolo_situacao_violencia.pdf) destinado às equipes diretivas e pedagógicas dos protocolos de situações de saúde mental”, explica. 

É comum que os jovens, de forma geral, conversem com aqueles que eles têm mais proximidade. “Muitas vezes não são somente os professores que são procurados, mas aquela pessoa que desperta confiança e quando isso acontece, a escuta e o acolhimento são muito importantes”, alega. 

Para os profissionais, a orientação é que fiquem atentos, e percebendo alguma situação que exija cuidado e proteção, leve o caso até a equipe pedagógica ou gestora para os encaminhamentos que se fizerem necessários. 

Os pais ou responsáveis legais também têm papel fundamental nessa etapa da vida das crianças e adolescentes. “É preciso acompanhar a vida escolar, estarem atentos a mudanças repentinas de comportamentos, atitudes e sempre buscar ajuda, caso necessário postos de saúde ou hospitais”, alerta.  

Seja uma situação pontual ou um transtorno, a ansiedade merece atenção e deve ser levada a sério. O agravamento do caso pode gerar consequências no desenvolvimento do jovem, sendo prejudicial. Esteja atento e ofereça o suporte necessário.  

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