Na coluna Pequenas Conversas desta semana, vamos falar sobre algo muito sério: os perigos do cigarro eletrônico, conhecido como vape, especialmente para crianças e adolescentes.
A médica pediatra e psicanalista Luci Pfeiffer faz um alerta direto: o vape não é inofensivo. Apesar de ser vendido como uma alternativa ao cigarro tradicional, ele contém uma carga altíssima de nicotina, equivalente a mais de 120 cigarros, além de substâncias desconhecidas e perigosas, que podem afetar gravemente o coração, os pulmões e todo o sistema vascular.
Mesmo proibido no Brasil, o vape é facilmente encontrado e comercializado, o que só agrava o problema. “É uma farsa”, diz a médica. “O vape não ajuda a sair do vício, ele vicia ainda mais rápido que o cigarro comum e danifica profundamente o corpo.”
A médica também chama atenção para um ponto importante: o exemplo dos adultos. Muitas vezes, são os próprios pais, responsáveis ou pessoas próximas que usam o vape e acabam incentivando, ainda que sem querer, o interesse de crianças e adolescentes pelo dispositivo. “A criança precisa de cuidado. E esse cuidado passa também por ambientes livres do tabaco e seus derivados.”
Os efeitos do vape são silenciosos e, muitas vezes, irreversíveis. Causam desde doenças respiratórias graves, como o enfisema pulmonar, até problemas cardíacos precoces. Além disso, os aromas atrativos e a aparência moderna do aparelho escondem um risco gigantesco à saúde.
Precisamos estar atentos, conversar sobre o tema, e proteger nossas crianças e adolescentes desse novo vício que está chegando cada vez mais cedo